29 de agosto de 2014

Isto não é uma pausa publicitária

Desde a adolescência que o meu interesse pelos produtos de beleza se concentrou na publicidade. Escusam de disfarçar mais: há uma geração inteira que pode recordar a importância que os sabonetes Lux ou os champôs Fá e Tahiti tiveram - mesmo que nunca tenhamos conseguido fixar-lhes os nomes, porque fixados noutras relevâncias. E muito antes de uma rapariga gritar "oh sim" e afugentar a passarada. Been there.

Fixações à parte, continuamos a ler com mais interesse as primeiras 20 páginas de anúncios a perfumes e cremes reafirmantes que abrem qualquer revista feminina do que o editorial que se lhes segue. Não é por mal ou desinteresse jornalístico, é apenas uma curiosidade antropológica. 

Já aqui se defendeu a publicidade sazonal, que nos recorda a fruta da época no tempo certo, já aqui se falou da tonificação recatada que o verão pede. Mas o que aqui ainda não se tinha feito era o elogio da tonificação certa em anúncios publicitários de época. E como agosto ficou a gosto para o fim do mês, tomemos um protetor solar para desproteger mais um anúncio que faz as nossas delícias. A nossa sorte, em relação à adolescência, é que, neste caso, podemos nomear Cláudia, 36 anos, portuguesa de Lisboa, a dizer-nos que o sol é sublime quando se protege a pele assim. Não sabemos se protege, mas os olhos agradecem.


O Canito, O Feijão, O Cérebro e A Árvore

vs

A minha linda esposa não vai na conversa de termos um canito... até concordo com ela em "modo apartamento". Então adotei estas férias 4 feijões para juntar à bagagem.
Os pequenos ignoraram os pequenos legumes e eu lá punha água todos os dias.
A primeira semana nada.
Na segunda lá começaram os feijões a acordar e a despertar o interesse dos pequenos.
Na terceira, um dos feijões parece louco e já sai do copo e é o orgulho diário do pequeno mais velho que já percebeu que é preciso dar-lhe água e que por isso cresce desalmadamente todos os dias...

Ontem, ao sentarmo-nos para comer um gelado. O mais velho (3.5anos) olhou para uma árvore de 40 metros que estava em frente e disse:

"É grande! Bebeu muita água!"

Já valeu ter trocado o canito por um feijão :)

25 de agosto de 2014

veni vidi vici


Nani voltou ao Sporting. Chegou, treinou, jogou a titular e já está envolvido numa (pequena) polémica. As grandes figuras são assim.
Vamos por partes. Primeiro, a contratação: Excelente negócio para o Sporting. Vender Rojo por 20 milhões de euros e conseguir um dos melhores jogadores portugueses da actualidade a custo zero foi jogada de mestre de Bruno Carvalho. Os leões conseguiram elevar a qualidade do plantel sem gastar um cêntimo. Nani – que vai querer relançar a carreira depois de dois anos a ver o Manchester United na bancada - é e vai ser titular de caras neste Sporting.
Ora, segunda questão, qual é o problema disto? Nenhum, se Nani tiver calma e não quiser “ultrapassar pela direita” só para agradar ao “tribunal de Alvalade”. A primeira amostra não foi boa. Não sendo inédito – no Sporting ou noutro clube – aquele momento da grande penalidade, em que Nani “finta” Adrien para apontar o penalty, não foi nada positivo, nem para Nani nem para o treinador Marco Silva, que foi desautorizado. Para piorar a situação, Nani falhou. Ou seja, o extremo continua com a pressão de mostrar serviço, marcar um golo, e fica a questão: como será na próxima grande penalidade? Como ficou o grupo em geral e Adrien em particular?

23 de agosto de 2014

Media sucks



Não, não é um artigo sobre os media. É mesmo sobre a média. .. um item do monstro chamado estatística.

Normalmente uma média tem uma distribuição normal (a da imagem que parece um montinho). Há outras formas mas não compliquemos. O que quero dizer com esta mensagem é que, não gosto de médias... porque acho que precisamos de mais pensamentos opostos, que geram ideias, opiniões, modas, filosofias, políticas, arte, ...
Em suma, a ideia é semelhante ao conceito de "exceção à regra". Seria arriscado dizer que a maioria gosta delas?... mas porque há apenas menos de 1%? ...
Hipotética resposta: Por muito que nos doa, se a exceção se tornasse regra, a media (o pico do montinho) seria desviado para essa exceção e tornariamos a ter o mesmo "problema".

Mesmo assim acho que devemos fazer bailar o pico do montinho... "agitar as águas", "sair da cepa torta", discutir assuntos e tentar resolve-los, mesmo que pensemos que estejamos num "conjunto de menos de 1%" dos nossos pares...




22 de agosto de 2014

RIP Zé Martins


No passado dia 19, foi dia de funeral. Do Zé Martins. Para milhões não diz absolutamente nada. Era o merceeiro de um monte alentejano. Daqueles que já não chegam a 20 pessoas com média de idades certamente a rondar os 80. É mais uma "milestone" da desertificação do nosso interior. Agora sem o Zé Martins e a sua "central de abastecimento", sem continuidade, é como entrar no acelerador de partículas, só que em vez de encontrarmos o busão de Higgs, encontraremos certamente um vazio.

21 de agosto de 2014

Mudança de estado na Era Digital


Não sei se já repararam, mas isto de andarmos todos ligados à Net, está a fazer com que, paradoxalmente, tenhamos uma vida social cada vez mais solitária. Vejo pessoas a sairem juntas em que o tempo que estão fisicamente próximas passam-no “isoladas” ao telemóvel com outros, nomeadamente no Facebook. E aproveitam quando estão fisicamente sozinhas para comunicar virtualmente o quanto são felizes em sociedade.
Outra coisa que está a acontecer é que as redes sociais estão até a mudar a forma como se vivem as separações ou divórcios. Há uns anos um tipo fazia as malas, pirava-se de casa (ou punham-lhe as malas à porta, consoante o caso) e ia à sua vida. “Adeus!”. E podiam passar anos sem se ver nem saber um do outro. Era mais fácil desfazer o elo.
Agora? Agora, como dizia há tempos um tipo que li no “Telegraph” (sim, eu leio o “Telegraph”, mas não é por snobeira… é em trabalho) “as nossas vidas digitais estão tão interligadas que se torna quase impossível até romper de vez com a nossa ‘ex’!”. E é bem capaz de ser verdade.
Mais cedo ou mais tarde, haverá um ex-namorado que tem pelo menos a curiosidade de saber onde anda a miúda com quem andou, nem que tenha sido uns meses. E ela a mesma coisa. E não sou eu quem o diz. São uns tipos de uma Universidade americana, que viram que há quase 9 em cada 10 pessoas a ir ver regularmente “por onde andam” os ex-companheiros. Eu acho que é masoquismo, mas isso sou eu. Estou nos outros 10% que não querem nem saber.
Ainda assim, a confirmar-se isto, digamos que a velha máxima do “partir para outra” está cada vez mais complicado. E mesmo a palavra “romper”, será que ainda faz sentido? Sou se nos tornarmos eremitas digitais.

20 de agosto de 2014

A benção do esquecimento

Bem sei que passámos rápido demais da era do “onde estás?” (a pergunta sacramental ao telemóvel) para a era do “estou aqui” (acompanhado de foto, no Facebook ou no Instagram). Mas não quer dizer que eu seja aquilo a que se convencionou chamar “um homem no seu tempo”. Ou melhor, sou um homem do meu tempo. Pode é não ser o vosso… mas é aqui que vivo. E estou bem na solidão. No deserto. No esquecimento. Não quer dizer que não goste estar com quem é bom estar. Mas também gosto de estar comigo. E, por isso, não troco uma viagem a uma cidade cosmopolita, por uma ida a um lugar desconhecido.
Serve isto para dizer que há locais lindíssimos esquecidos na Terra. Até bem perto de nós, algumas aldeias-fantasma nas Beiras, que merecem uma visita.

Outras estão “lá fora. E há autênticas cidades desertas. Ou lugares esquecidos depois de, em tempos, terem fervilhado de vida.

Veja-se a vila medieval de Craco, no sul de Itália, abandonada por todos os que decidiram emigrar nos anos 20… possivelmente serão assim as nossas cidades daqui a uns anitos. É ver o que há de promoções nas "low cost" e apanhar o avião para Roma. Depois há-de haver um comboio para a "ponta da bota". Lá perto, apeiem-se e apanhem boleia de uma bela italiana montada numa Vespa.


Veja-se o caso de Mandu, no sul da Índia, que ainda foi habitada entre 1401 e 1561 (deve ter mais aranhas que Craco e outro tipo de bicharada, por isso é melhor levar um camião-cisterna com Biokill). Há um palácio, templos, monumentos e túmulos para ver. Basta apanhar o autocarro para Madhya Pradesh e perguntar o caminho. Alguém há-de saber…


Se a ideia for um clima um bocadinho mais fresco que o indiano, então, fica a sugestão: Pyramiden. Fica na Noruega e é preciso alugar uma mota de neve para fazer os 40 quilómetros que nos separam de vivalma. Se der uma fome durante a noite, não há McSnowdrive… mas parece que ainda se pode ver uma piscina interior, biblioteca e um cine-teatro. Certo é que ninguém vai lá limpar aquilo desde 1998. É, por isso, desaconselhado a quem tenha alergia ao pó.


Já para chegar à Cidade do Leão, na China, é preciso pedir emprestado um dos submarinos do Portas, o que pode implicar favores em troca porque aquilo, em teoria, é “de todos”. Até ao final dos anos 50, os locais ainda lá iam à loja do chinês, mas depois resolveram construir uma barragem e fizeram daquilo a Aldeia da Luz lá do sítio. Uma pena, uma vez que era uma cidade com 1.300 anos de história, mas é a vida. Viva o progresso. E agora, guess what, é preciso ir à Decathlon comprar um equipamento de mergulho completo para lá ir. Um senão: é demasiado húmido. Por isso desaconselhado a reumáticos.

19 de agosto de 2014

Brincar aos clássicos

Lauren Bacall tinha 89 anos e os anos estavam lá, não se notavam recauchutamentos esticados. Na hora da morte, lembrou-se o olhar insolente, The Look, a beleza clássica: os epítetos soltaram para os teclados e as capas de jornais repetindo em palavras aquilo que saltava à vista nas fotos a preto e branco ou nos vídeos do You Tube. E ainda hoje podemos estremecer com aquela voz a dizer-nos You know how to whistle, don't you, Steve? You just put your lips together and... blow. Naquele instante somos todos Steve ou fazemos de conta que ela nos está a falar ao ouvido, mesmo que ela tenha chamado pelo Steve. De olhos fechados, só a voz teria o mesmo efeito.
Brinquemos aos clássicos: Ava Gardner, Greta Garbo, Marilyn Monroe, Ingrid Bergman ou Gene Tierney são deste mundo mesmo já não sendo deste mundo. Como Lauren. E sabemos dizer aquele instante cinéfilo, aquele olhar, aquela frase, que nos cativou. Hoje (atiram-nos depois os cinéfilos inveterados) já não se fazem atrizes assim. São politicamente corretos: querem eles dizer que já não se fazem mulheres no cinema como antigamente.
Desculpem-me as comparações. Daqui a muitos anos também olharão para outros instantes cinéfilos, outros olhares, outras frases, e todos nos renderemos nos teclados e nas capas de jornais. Como em Match Point, de Woody Allen, quando só ouvimos uma bola de pingue-pongue a bater na mesa e uma voz que acompanha o ritmo das jogadas. Rouca, grave, sensual, a voz revela-se depois. E todos nós queremos ser a next victim nesse jogo. Com Scarlett, 29 anos, americana de Nova Iorque. Um clássico, digo-vos.


18 de agosto de 2014

Mustang ou Cavallino?


Quase 7 milhões e meio de euros (quanto é isso?) foi quanto um coleccionador britânico deu este fim-de-semana por um Ferrari 275 GTB/4 de 1967. Perdão, não “um” Ferrari… mas sim “o” Ferrari. Mais precisamente “o” que foi comprado pelo Steve McQueen quando ele estava a rodar o “Bullit”. É o exemplar que está na foto.
O bom do McQueen desfez-se do carro em 1971. Portanto, nem o gozou assim muito. Sendo um carro italiano devia dar chatices até mais não. Ou, então, chateou-se com a péssima assistência em viagem da marca… Enfim, não interessa para o caso.
A verdade é que o actor vendeu o “bicho” e agora algum tipo que não deve ser nem reformado, nem funcionário público, comprou-o por 7,5 milhões. A leiloeira esperava quatro vezes menos, mas ele chegou-se à frente.
Se Steve fosse vivo e o tivesse vendido agora, dava pelo menos para pagar os estragos feitos quando resolveu perseguir com o seu Ford Mustang (este sim, queria ter um) o Dodge Charger dos outros dois tipos do Fisco ou lá que era.
Vejamos, então, apenas um resumo dos estragos.
Para já, mesmo que fosse na Midas, isto era coisa para quase 2 mil euros para mudar amortecedores, triângulos da suspensão, meter um escape novo, polir uns riscos e desempenar as jantes… mas se fosse "o" carro italiano era bem mais, de certeza.

Perdoname

Lembram-se do "Perdoa-me", aquele programa da SIC onde as pessoas faziam as pazes?


Normalmente terminava tudo em bem com uma grande choradeira e um ramo de flores...
Fez sucesso - é verdade que mais pelas apresentadoras - e, de quando em vez, tem reprises no futebol português.
Cardozo, no ano passado, e Rojo, ontem, são os últimos exemplos conhecidos.
O defesa argentino lá foi "entrevistado" pela televisão do clube onde confessou que estava de "cabeza caliente" quando se recusou a treinar por, alegadamente, o Sporting não aceitar a transferência para Inglaterra. Tudo resolvido e hoje lá estará para treinar.
Acontece muito: um jogador chega, assina contrato, destaca-se, recebe propostas tentadoras, o clube não o deixa sair, o atleta amua e deixa de treinar. Dias depois é forçado a pedir desculpa, paga uma multa e, mais tarde ou mais cedo, sai para o clube para onde queria ir.
É matemático. Nestes casos, o jogador ganha sempre porque os clubes não podem ter um jogador contrariado (ou, como se diz agora, um "activo a desvalorizar").
Os jogadores são o elo mais forte.
Slimani será o próximo. Como é que se diz "perdoa-me" em argelino?

16 de agosto de 2014

Xeque-mate


Kurt Meier apanhou um avião no meio do oceano Indico e desembarcou na Noruega. Kurt Meier nasceu na Alemanha há 67 anos, mas vivia nas Seychelles e jogava sob a bandeira do arquipélago nas Olimpíadas de Xadrez, que decorreram na Noruega. Kurt Meier disputava a última ronda contra o ruandês Alain Niyibizi quando caiu fulminado sobre o tabuleiro. A equipa médica tentou reanimá-lo durante meia-hora, sem sucesso. Morreu.
A morte no campeonato de Xadrez ocorre uma semana depois da Interpol ter emitido um alerta terrorista para a Noruega. Quando Kurt Meier tombou, a sala gritou, rasgou o silêncio que domina estas provas. Estavam cerca de mil jogadores no salão. Alguns confundiram os pedidos de ajuda com um ataque de fanáticos. Centenas largaram a guerra de tabuleiro e fugiram aos gritos procurando a saída mais próxima. Foi o caso da equipa feminina israelita.
Entre lágrimas e nervos, a maioria regressou depois ao Cavalo, ao Bispo, à Torre e aos peões (os primeiros a sacrificar em nome da defesa das figuras que contam), porque o jogo tem de continuar.
Horas depois, estas Olimpíadas de Xadrez ficavam marcadas por uma segunda morte. 
Alisher Anarkúlov nasceu no Uzbequistão há 46 anos e era surdo. O jogador fazia parte da selecção da Associação Internacional de Surdos. Foi encontrado morto no quarto no dia da última jornada do torneio. A polícia norueguesa diz que teve morte natural.
O Xadrez é um jogo perigoso. No tabuleiro, o jogo é de vida ou de morte. Tudo termina quando o rei é encurralado e trespassado, sem possibilidade de rendição. Para chegar ao regicídio é preciso ser ardiloso, dissimulado e conseguir adivinhar todas as movimentações do adversário. Xeque-mate!

14 de agosto de 2014

Não tires a camisola antes do fim


A expressão popular vai mudar. Vamos alterar de: "não atirar foguetes antes da festa" para: "não tirar a camisola antes da meta".
Este atleta francês, Mahiedine Mekhissi-Benabbad, venceu os 3 mil metros obstáculos nos Europeus de Zurique, mas resolveu tirar a camisola antes da meta e foi desqualificado.
A Medalha de Ouro ficou para o segundo classificado, que também é francês.


13 de agosto de 2014

Cruzes, canhoto

Hoje é dia internacional do canhoto. Eu, como "militante", confesso, que sempre me fizeram impressão as definições e “estórias” que fui ouvindo e lendo sobre os que “padecem do mesmo mal”.
Lembrei-me disto, mais uma vez, quando tentei cortar uma folha com uma tesoura "normal" e, claro, não consegui. É verdade que há uns anos chegou a haver uma loja só com produtos para “canhotos”, mas a coisa faliu. Deve ser do “azar” que está ligado à palavra.
Reparem só o que diz o dicionário quando se procura a palavra “canhoto”: “Esquerdo, sinistro, falto de habilidade, desajeitado, demónio”. Simpático, não?
A “maldição” continua se fizermos uma simples busca no Google.
Para os egípcios, “o olho esquerdo do Sol” era considerado o mal e o Diabo;
Buda diz que o caminho para o Nirvana se divide em duas partes e o da mão esquerda representa a maneira errada de viver e deve evitar-se;
Nos países muçulmanos e na Índia a mão direita é a “mão limpa”;
Isto já para não falar da “sorte” que dá “entrar com o pé direito”.
Para me vingar, se calhar, daqui a uns dias faço um “post” com os aspectos positivos – pois que os há – de ser canhoto.

12 de agosto de 2014

Truques Facebook


Há uma forma de dar a volta ao Facebook e não instalar a App do Messenger (há quem odeie esta aplicação). A solução é simples: quando o Facebook pedir, dizer "sim"à instalação e depois basta parar a meio (clicar em cancelar). Funciona em iOS e Android (garantem os especialistas).
Em termos informáticos, a app fica feliz por ter dado ordem para instalar a app prima e desbloquea de novo o acesso às mensagens "normais".
Claro que isto é uma questão de tempo até ser descoberto e corrigido, mas quem quiser pode dar-se ao trabalho.
O problema é que esta app é intrusiva, toca como as app de sms e permite fazer chamadas. Ninguém quer que todos os "amigos" possam ligar a qualquer hora, pois não? Por isso e por outro motivos, os mecanismos de privacidade devem ser vistos com muita atenção.
A actualização está em curso, ou seja, há utilizadores que ainda não receberam o aviso.

11 de agosto de 2014

Propostas

No dia 11 de Setembro (dia fácil de lembrar) há um concerto único em Lisboa com 3 virtuosos.
É ao ar livre, na Fundação Gulbenkian e o bilhete custa 15 euros (pode ser comprado no site)

Este rapaz:


toca para esta menina:



e para esta menina que vem de Espanha:


Depois não digam que não avisámos.

Artur, o herói improvável

Começou (finalmente) o futebol a sério. O Benfica ganhou a Supertaça, Enzo e Gaitan ainda jogaram - e foram absolutamente decisivos - mas o maior destaque da abertura da época foi Artur.


É uma daquelas curiosidades de que o desporto é fértil. O jogador mais odiado pelos benfiquistas foi o herói improvável da noite de Aveiro. Depois de várias tremideiras nos 120 minutos (o homem na baliza parece uma gelatina), o guarda-redes Artur foi absolutamente decisivo ao defender três grandes penalidades.
E agora? Como vão reagir os adeptos no próximo jogo? Como fica o jogador (que tem estado muito pressionado)? O que faz o treinador (que há semanas que anda a dizer que vai chegar um - ou dois - guarda-redes)? E os adversários vão fazer uma petição para ele continuar na baliza? Vai ser engraçado perceber nas duas semanas que faltam até ao encerramento do mercado.
Artur não está sozinho. Convém lembrar que o Benfica tem uma longa tradição de “patinhos feios” ou de “bodes expiatórios”, jogadores a quem os adeptos nada perdoam. Só na “dinastia” de Jorge Jesus, três nomes saltam à vista: Roberto, Emerson ou Bruno Cortez.
O guarda-redes Roberto é, provavelmente, o caso mais escandaloso: custou 8 Milhões de euros, vindo do Atlético de Madrid, onde até nem era propriamente titular indiscutível. O preço era absurdo e o jogador espanhol nunca conseguiu ultrapassar a pressão e foi um flop. Vários “frangos” depois, aguentou uma época na Luz e acabou (em primeira instância) vendido por uns ainda mais surpreendentes 8,5 Milhões. Este preço acabou por não se concretizar, mas isso é uma estória para outra ocasião.
Emerson, defesa-esquerdo, nunca conseguiu convencer o “terceiro anel”. A missão não era fácil. Todos ainda se lembravam de Fábio Coentrão e o brasileiro nunca teve vida fácil. Curiosamente na (única) temporada de águia ao peito, o melhor jogo foi a defesa-central em Londres, diante do Chelsea, num jogo em que não havia centrais). Saiu sem honra nem glória no final da época com os ouvidos a zenir de tantos assobios.
Bruno Cortez, outro defesa-esquerdo, foi aquilo que se chama “erro de casting”. Logo na pré-época deu para perceber que não dava. O rapaz até ganhou um prémio de melhor defesa do campeonato brasileiro e fez um jogo na canarinha, mas, claramente, não tinha condições para jogar no Benfica: não sabia defender - zero. Até começou a titular . Jorge Jesus é teimoso - mas não chegou ao Natal e foi devolvido à procedência.

8 de agosto de 2014

450 cavalinhos

O MacLaren do Senna tinha mais 450 cavalos do que os actuais Fórmula 1.
Ok. Confesso que deixei de gostar de Fórmula 1. Já não me interessa. Para mim passou a ser o mesmo que ver a Filipa Vacondeus cozinhar qualquer coisa.
As opiniões dividem-se relativamente à segurança.  Mas não me alteram a insatisfação de hoje ver uma corrida de F1.
É como se de repente:
1) o ciclismo passasse a ter bicicletas que não caiam (com já mencionado neste blog), 
2) o hóquei em patins passasse a ter sticks de silicone,
3) o rugby passasse a ter equipamento de protecção,
4) a volta ao mundo em vela não se realizasse por causa de mau tempo,
5) todos os carros não podiam ter mais de 60 cavalos e não poderiam passar dos 120.
6) todos os carros apitassem irritantemente quando não se coloca o cinto (argh!! deixem-me em paz! Já ponho! Eu sei que tenho de pôr! E sinto-me melhor com ele! Mas escusam de me chamar à atenção SEMPRE!)
7) imaginem o que quiserem, regulamentado ao ponto de quase vos desresponsabilizar...
Os limites, não truncados, fazem parte da vida em qualquer actividade/modalidade. Faz parte de nós saber dominá-los, ser responsáveis pelos nossos actos. Uma coisa são regras de jogo. E não devem ser confundidas com regulamentação. Na minha opinião, a excessiva regulamentação tira "aquele bocadinho assim" que faz a diferença.
Deixo-vos um trabalho de 15' do TopGear (que acho bom) a relembrar os "bocadinhos assim" do Senna, na altura em que me entusiamava a F1. Para mim, o melhor. Se calhar porque fez parte da minha adolescencia, e que me grudava na TV para ver o que de inesperado dali saía. ..
Nos tempos em que gostava de Fórmula 1 era assim:

7 de agosto de 2014

Ronaldo melhora o vosso sorriso


Podem correr, andar de bicicleta, praticar natação e até levar as compras todas de uma só vez, mas como manter a linha do rosto?
Ronaldo sabe e aconselha o Facial Fitness PAO, sobretudo depois de dar uns toques na bola.  
Se não melhorar o vosso sorriso, seguramente os vossos amigos vão praticar o deles ao verem a figura que fizeram. 


5 de agosto de 2014

O resgate da miss universo




O lobo mau entra na história do Capuchinho Vermelho e, hoje, na época do politicamente correto, o caçador - que outras vezes é um lenhador - consegue evitar que ele coma a avózinha e afugenta-o, sem o matar, para nunca mais voltar. A bruxa má continua a ser a bruxa má, mas os pormenores escabrosos de mortes e corações de javali e labaredas e maçãs envenenadas, são adoçados entre uma página e outra com elipses que os papás tentam preencher conforme as suas convicções mais ou menos sanguinárias.
Sem machado que corte a raiz a este pensamento, desde este fim de semana que os portugueses descobriram uma versão ainda mais tenebrosa do politicamente correto: ao lobo mau junta-se um lobo bom, variante nada bíblica do ladrão bom e do ladrão mau (até porque no Gólgota, era de redenção que se falava), na versão bancária do BES-bom e do BES-mau. A um deixa-se o lucro, o outro entope-se com toxicidade, somados os dois ficam tantas dúvidas sobre como ficarão os contribuintes portugueses.
É como se houvesse um tautau-bom e um tautau-mau: há quem defenda a pedagogia do estalo ou da palmada no rabiosque, há quem veja virtude numa tapinha, mas o tautau é sempre tautau. Um castigo físico - e isto diz tudo sobre o que se vê, ouve e diz do Novo Banco: é um castigo para os que ficam, para os que saem e para os que, nunca tendo tido relação alguma com a coisa, levam uma palmada ou uma tapinha, apenas por serem contribuintes.
Sem machado que desbaste este pensamento (quase) único, olhemos para Alicia, 37 anos, venezuelana de Maracay e Machado de apelido, que mesmo tendo acolhido os louvores do Universo, no concurso de miss do dito em 1996, resolveu dar uma bofetada nos discursos de sonhar com a paz e querer acabar com a fome no mundo e deixou-se contemplar sem artifícios, talvez por um punhado de dólares, mas melhor contribuindo para a paz de todos nós. Não há misses boas e misses más, há misses. Mas no caso desta também miss fevereiro tivemos a sorte do resgate ter sido a favor dos contribuintes.

4 de agosto de 2014

Ainda falta muito para 31 de Agosto? Preciso dormir


Reza a lenda que o primeiro-ministro Cavaco Silva nem dormia de quinta para sexta-feira com medo da capa do “Independente”, de Paulo Portas. É mais ou menos isso que sofre um adepto fanático nesta altura em que a bola não rola, mas em que o negócio está ao rubro. Os jornais desportivos são diários e há sempre novidades. Já não durmo em condições há dois meses...
O "defeso" está para o futebol como a "silly season" está para a política. É aquela altura do ano em que aparecem notícias em catadupa, mais ou menos credíveis, em que os adeptos recarregam esperanças - ao estilo “Pró ano é que é” - e em que os jogadores que chegam são todos craques e os que saíram, afinal, não eram assim tão importantes.
Assim que o Benfica vendeu o guarda-redes logo surgiu uma lista (interminável) de jogadores para a posição que só terminará (?) quando um novo “1” chegar à Luz. Quase todos os dias há novos nomes: Romero, Júlio César, Navas, Ochoa,Karnesis, Rulli, Horn, Jefferson, Vagner, Douglas, Kaminski e sei lá quem mais… E o Enzo sai? e o Gaitan sai? E o avançado chega ou não? Um pesadelo diário para adeptos encarnados.
Os exemplos são vários e também na concorrência. Ao Sporting falta um defesa-esquerdo e um extremo, pelo menos, e ainda é preciso saber se Rojo, Slimani e/ou William Carvalho deixam Alvalade para equilibrar as contas. Já no FC Porto, que vem de uma rara época de seca, a aposta é forte. Mudou quase tudo. O presidente Pinto da Costa mantém-se, mas o treinador é novo e metade do plantel também. A pergunta do dia é: Ainda há espaço para mais espanhóis?
Ai que o mercado de transferências só fecha a 31 de Agosto. Não sei se vou aguentar isto. Estou cheio de sono.

3 de agosto de 2014

O Bom, o Mau e o Vilão

Quando Ennio Morricone escreveu em 1968 esta melodia para o filme de Sérgio Leone não havia bancos bons e maus, havia bancos. Hoje, são bons, maus e ainda vilões. É uma música simples, mas extremamente eficaz.
A Arte tem capacidade de retratar, lembrar, mostrar e prever. Faz sentido voltar a esta banda sonora e quem puder, ao filme. A história de uma aliança improvável de 3 homens que procuram uma caixa com 200 mil dólares roubados e enterrada num cemitério. O filme mostra que a ganância move montanhas e no fim perdem todos, o bom, o mau e o vilão.

 

2 de agosto de 2014

Até logo, Miffy


A Miffy vai reformar-se ao fim de 59 anos.
A coelha branca que nos encantou nos primeiros anos de vida vai descansar, assim como o seu criador, Dick Bruna, que faz 87 anos daqui a alguns dias. O desenhador decidiu que estava na hora de parar.
Dick Bruna, holandês, criou a Miffy no Verão de 1955, quando passava férias com a mulher e o filho mais velho, em Egmond aan Zee. Quando regressou ao trabalho, Dick Bruna decidiu desenhar a coelha que brincava no quintal lá de casa e servia de mote às histórias que contava para adormecer o filho.
O último livro da Miffy saiu em 2011, e contas feitas, as aventuras da coelha, que mais tarde viria a ter uma imitadora gata japonesa (Hello Kitty), venderam mais de 85 milhões de exemplares em 40 línguas. 

1 de agosto de 2014

Se tem bigode, use-o




Se de repente uns desconhecidos lhe passarem à frente de mota, com ar de "gentlemans", muitos de bigode e cachimbo, isso não é impulse, nem espere por flores repentinas. Esse será o dia da DGR: a Distinguished Gentleman's Ride (facebook). Até agora Lisboa e Porto estão registadas para organizar um "passeio dos cavalheiros distintos" (que snobisse que soa! - longe disso).
O objectivo é também a angariação de fundos para o combate ao cancro da próstata.
No ano passado participei e lá estarei este ano também: dia 28 de Setembro 2014.
Levarei um distinto bigode parecido com este: