15 de julho de 2014

Esqueçam o Damon ou o Müller


A supremacia não é apenas uma coisa do Matt Damon por muito que já se tenha perdido a conta aos filmes em que o rapaz anda sempre sério e tenso à procura de qualquer coisa, da identidade ou de um carro para fugir. A supremacia não é apenas uma palavra que se use para falar de guerra ou de futebol, que nisto da linguagem a bola é sempre uma coisa muito bélica ou a fugir para a testosterona. A supremacia sente-se e vive-se quando a bola é redonda, há 11 para cada lado e no fim ganha quem melhor joga (sim, bastava a Argentina de 1978 ou a Itália de 1982 para contrariarmos a tese, mas somos uns românticos: quem ganhou a História foi a Holanda no mundial dos coronéis ou o Brasil de Zico e Sócrates). 
Foi assim no domingo: ganhou quem melhor jogou durante três semanas. Mas no fim a supremacia não foi alemã: por muito que Heidi, 41 anos, alemã de Bergisch Gladbach, ou Claudia (que já nos acompanha desde a nossa adolescência tardia, ámen), 43 anos, também alemã de Rheinberg, nos façam acreditar na espécie humana, o Brasil - e basta acompanhar um mínimo olímpico das redes sociais - foi quem deu cartas nas manifestações de apoio aos seus mesmo que aos seus tenha faltado a alegria. Uma joie de vivre que se estende até nós, na praia, com Ana, 32 anos, brasileira de Itabira.

Sem comentários:

Enviar um comentário