A supremacia não é apenas uma coisa do Matt Damon por muito que já se
tenha perdido a conta aos filmes em que o rapaz anda sempre sério e
tenso à procura de qualquer coisa, da identidade ou de um carro para
fugir. A supremacia não é apenas uma palavra que se use para falar de
guerra ou de futebol, que nisto da linguagem a bola é sempre uma coisa
muito bélica ou a fugir para a testosterona. A supremacia sente-se e
vive-se quando a bola é redonda, há 11 para cada lado e no fim ganha
quem melhor joga (sim, bastava a Argentina de 1978 ou a Itália de 1982
para contrariarmos a tese, mas somos uns românticos: quem ganhou a
História foi a Holanda no mundial dos coronéis ou o Brasil de Zico e
Sócrates).
Foi assim no domingo: ganhou quem melhor jogou durante três
semanas. Mas no fim a supremacia não foi alemã: por muito que Heidi, 41
anos, alemã de Bergisch Gladbach, ou Claudia (que já nos acompanha desde a nossa
adolescência tardia, ámen), 43 anos, também alemã de Rheinberg, nos façam
acreditar na espécie humana, o Brasil - e basta acompanhar um mínimo
olímpico das redes sociais - foi quem deu cartas nas manifestações de
apoio aos seus mesmo que aos seus tenha faltado a alegria. Uma joie de
vivre que se estende até nós, na praia, com Ana, 32 anos, brasileira de Itabira.
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