22 de setembro de 2014

Orivaru está à venda



Regressado de férias, fico a saber que Orivaru está à venda. São óptimas notícias se, entretanto, me sair o Euromilhões. Só custa 10 milhões de euros e não era capaz de gastar tanto dinheiro em mais nada. Nem em pipocas. Mas em Orivaru acho que nem pensava duas vezes.

É uma ilha mesmo à minha medida, nas Maldivas, ainda por cima em forma de panqueca. Apesar de não ter água canalizada, nem electricidade, não lhe encontro defeitos.

Não tem lá nada. Como eu gosto. Fica a menos de uma hora de hidrovião da capital (dá para ir a uns saldos de vez em quando, quando a roupa se romper ou comprar um livro quando – e se - os meus se acabarem). E o mais perto que existe daquilo a que se convencionou chamar “civilização” fica a 5 quilómetros de barco: um Hilton. Acho que não me negam um pequeno-almoço “daqueles”.

Ainda que, com a subida das águas do mar, seja séria candidata a estar encolhida lá para 2100, por essa altura também já cá não estou.

Deixam lá construir um hotel de luxo, mas eu não quero. Nem uma casa. Basta-me levar a tenda. Serei feliz à minha maneira.

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