11 de setembro de 2014

Quem anda na água, molha-se

Tshirt molhada, contemplação abençoada: permitam-nos a citação deturpada, mas os aforismos fizeram-se para isto. As palavras pedem que as usemos contornando curvas de outro modo difíceis de dizer. Não nos acusem de não irmos diretos ao assunto, nem insistam que estamos no campo dos ataques pessoais. A única coisa que aqui temos é o elogio simples de um banal gesto: molhar a roupa. 
A chuva de setembro está aí para nos avisar que quem anda à chuva molha-se ou que, faltando chuva, o melhor é tratar de se deixar molhar, de forma cirúrgica em acessório de cor certeira - o branco é um clássico, como já nos lembrava o Omo, mas há vermelhos e amarelos que pedem meças e medidas e curvas. 
Dizíamos: traçar com bisturi imaginário a área a molhar é meio caminho andado para os olhos marejarem de desejo. A história corrompe-nos com dezenas de exemplos e seria fastidioso enumerá-los. Basta-nos o último exemplo, dado num exemplar rollingstoniano, que mostra que a música também se vê. Ladies and gentlemen, for your entertainment, Taylor, 24 anos, americana de Reading...


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