26 de junho de 2014

Copas da América



Já se sabe que este Mundial que decorre no Brasil é um remake da Copa América - as seleções do resto do mundo estão lá quase só para entreter. (E mesmo quando perdem, como o Equador com dez, fazem tremer, até a elegante França.)
Em dia de Portugal ter gana, adivinha-se que haverá, na hora h, tudo menos ganas. Sobrarão contas e ajustes, um programa de ajustamento que entreterá dias a fio de conversas televisivas, crónicas jornalísticas ou aberturas radiofónicas, sem outra consequência que não seja a de termos de ajustar os nossos ouvidos a outras sonoridades.
Nada ajuda. Mais ainda quando (apesar de uma jornalista da SIC que vislumbrei à porta do hotel da seleção em Brasília) nós temos Rui Santos, Gabriel Alves ou Luís Freitas Lobo. Podem argumentar-me que sou injusto, que só eles nos dão a tática certa, só eles vislumbram a jogada acertada, a substituição correta, o penálti escondido, a humidade desnecessária. Podem argumentar-me que nisto do futebol em Portugal, as palavras valem mais que mil imagens e por vezes estamos 50 minutos com um trio de ataque a discutir um golo que vislumbrámos em apenas 30 segundos.
Podem argumentar-me tudo. Mas quando a bola descreve curvas assim, eu argumento que deus é argentino, como Pamela, 35 anos, argentina de Córdoba, ou mexicano e brasileiro (e veja-se Ines Sainz, Vanessa Huppenkothen e Roberta Setimi). Copas da América para a velha Europa aprender.

Sem comentários:

Enviar um comentário