16 de junho de 2014

4 - 0!


Ganhar à Alemanha, não é ganhar um jogo de futebol, é vencer um adversário maior, rico, poderoso. Perder, como perdemos, é uma triste derrota. É o espelho de um país, que apesar de ter dos melhores, se vê reduzido a uma insignificância humilhante.
Depositamos sempre a esperança da mudança numa pessoa, num joelho, numa instituição e esquecemo-nos que os agentes dessa mudança somos nós. A culpa do infortúnio não é só da eficácia dos outros ou a da acção do juíz, é nossa. O primeiro passo para a cura é reconhecer o problema.
No entanto, o Mundo não acaba aqui “enquanto houver estrada para andar, a gente vai continuar” como canta o Palma. Vêm aí mais dois jogos. É preciso ter presente que um homem pode mudar o mundo, mas só se o mundo jogar com ele.
É preciso ir à luta, cerrar os dentes, querer, suar, chorar, sorrir e vencer. 
O apoio, esse nunca vos faltará, enquanto carregarem no peito a vontade de um povo.

1 comentário:

  1. Estive doente e de férias. Mas agora, lendo algo do que por aqui se foi publicando, não posso deixar de fazer uma ou outra consideração:
    - o adversário era maior e poderoso. Isso era um problema. Quando o ser "rico" for problema, seremos goleados pelas Selecções do Japão, EUA, Canadá, mas se calhar também dos Emirados e do Qatar;
    - em matreirice costumamos estar no G7, daí que seja ainda mais indesculpável;
    - o nosso país não tem "dos melhores". Infelizmente tem só "o melhor", mas à volta é o deserto. Em termos de categoria, não tem ninguém parecido, nem de perto, nem de longe. E aí é que está o problema. ´Tem sido 1+10 e só uma Selecção teve êxito neste modelo até hoje: a Argentina de Maradona em 86 (e mesmo assim foi preciso uma "mãozinha" de Deus);
    - o povo está com eles, mas não é parvo. E quando esta gente que representa mais de 10 milhões de pessoas se desculpa com um árbitro, está a desresponsabilizar-se, que é algo também tão português. O povo, os adeptos, gostam da humildade de quem reconhece que "fizemos asneira, planeámos mal, estamos fartos de ver toda a gente a olhar só para o Cristiano como se os outros não jogassem, o mister tem feito asneira, faltam cá cinco ou seis injustiçados e estão aqui cinco ou seis a mais só porque são da família, mesmo que estejam coxos".
    Oxalá me engane... mas parece-me que, no regresso, não vamos ter tanto tempo de antena televisivo com a traseira do autocarro...

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